quinta-feira, 15 de março de 2012

CARTA AOS SENADORES


Salvador, BA, 08 de março de 2012.


Exmos. Srs.
Exmas. Sras.
Senadores (as)
Do Congresso Nacional Brasileiro
Paz e Bem.


Hoje em que se comemora o dia da mulher, venho em nome dos 93% dos brasileiros e brasileiras que são contra o aborto e à favor da vida desde a sua concepção até à morte natural; pois não se pode tirar a vida humana, conforme o a lei maior, que a lei de Deus: NÃO MATARÁS; e também conforme o artigo quinto da Constituição Federal do Brasil que defende a inviolabilidade da vida; e em conformidade com o pacto de São José da Costa Rica em que o Brasil foi signatário, posicionando-se à favor da vida e contra o aborto.
Nestes termos solicito do Congresso Nacional, representado pelos Senhores e Senhoras eleitos pelo povo brasileiro, que estejam em sintonia com este vosso eleitorado que deseja que os Senhores e Senhoras elaborem a reforma do Código Penal Brasileiro, permitindo que continue a contemplar a inviolabilidade da vida, não aprovando o aborto nem a eutanásia.
Este é o desejo dos 93% dos Brasileiros e Brasileiras.

Atenciosamente.

Frei Severino Fernandes de Sousa, OFM
e-mail: freiseverinofs@gmail.com


ENDEREÇO DE E-MAILS; TELEFONE E FAX; DOS SENADORES
PARA VOCÊ DEMONSTRAR SUA INSATISFAÇÃO
PELO PROJETO DE LEI DO ABORTO E DA EUTANÁSIA
QUE TRAMITA NO CONGRESSO NACIONAL BRASILEIRO.

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6. MAILS DOS SENADORES DA COMISSÃO DE
CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA

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eunicio.oliveira@senador.gov.br;
gab.josepimentel@senado.gov.br; martasuplicy@senadora.gov.br;
pedrotaques@senador.gov.br; jorgeviana.acre@senador.gov.br;
antoniocarlosvaladares@senador.gov.br;
inacioarruda@senador.gov.br; simon@senador.gov.br;
romero.juca@senador.gov.br; vital.rego@senador.gov.br;
renan.calheiros@senador.gov.br; luizhenrique@senador.gov.br;
francisco.dornelles@senador.gov.br;
sergiopetecao@senador.gov.br; aecio.neves@senador.gov.br;
aloysionunes.ferreira@senador.gov.br;
alvarodias@senador.gov.br; demostenes.torres@senador.gov.br;
armando.monteiro@senador.gov.br; gim.argello@senador.gov.br;
magnomalta@senador.gov.br; randolfe.rodrigues@senador.gov.br;

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7. MAILS, TELEFONES E FAXES DOS
SENADORES DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO,
JUSTIÇA E CIDADANIA

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PRESIDENTE: SENADOR EUNÍCIO OLIVEIRA
PMDB-CEARÁ

TELEFONES: (61) 3303-6245

FAX: (61) 3303-6253

eunicio.oliveira@senador.gov.br

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VICE-PRESIDENTE: SENADOR JOSÉ
PIMENTEL PT-CEARÁ

TELEFONES: (61) 3303-6390/6391

FAX: 3303-6394

gab.josepimentel@senado.gov.br

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MARTA SUPLICY PT-SÃO PAULO

TELEFONES: (61) 3303-6510

FAX: (61) 3303-6515

martasuplicy@senadora.gov.br

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PEDRO TAQUES PDT- MATO GROSSO

TELEFONES: (61) 3303-6550 E 3303-6551

FAX: (61) 3303-6554

pedrotaques@senador.gov.br

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JORGE VIANA PT-ACRE

TELEFONES: (61) 3303-6366 E 3303-6367

FAX: (61) 3303-6374

jorgeviana.acre@senador.gov.br

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ANTONIO CARLOS VALADARES PSB-SERGIPE

TELEFONES: (61) 3303-2201 A 2206

FAX: (61) 3303-1786

antoniocarlosvaladares@senador.gov.br

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INÁCIO ARRUDA PC DO B-CEARÁ

TELEFONES: (61) 3303-5791/5793

FAX: (61) 3303-5798

inacioarruda@senador.gov.br

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PEDRO SIMON PMDB-RIO GRANDE DO SUL

TELEFONES: (61) 3303-3232

FAX: (61) 3303-1304

simon@senador.gov.br

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ROMERO JUCÁ PMDB-RORAIMA

TELEFONES: (61) 3303-2111 A 2117

FAX: (61) 3303-1653

romero.juca@senador.gov.br

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VITAL DO RÊGO PMDB-PARAÍBA

TELEFONES: (61) 3303-6747

FAX: (61) 3303-6753

vital.rego@senador.gov.br

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RENAN CALHEIROS PMDB-ALAGOAS

TELEFONES: (61) 3303-2261/2263

FAX: (61) 3303-1695

renan.calheiros@senador.gov.br

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LUIZ HENRIQUE PMDB-SANTA CATARINA

TELEFONES: (61) 3303-6446/6447

FAX: (61) 3303-6454

luizhenrique@senador.gov.br

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FRANCISCO DORNELLES PP-RIO DE JANEIRO

TELEFONES: (61)-3303-4229

FAX: (61) 3303-2896

francisco.dornelles@senador.gov.br

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SÉRGIO PETECÃO PSD-ACRE

TELEFONES: (61) 3303-6706 A 6713

FAX: (61) 3303.6714

sergiopetecao@senador.gov.br

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AÉCIO NEVES PSDB-MINAS GERAIS

TELEFONES: (61) 3303-6049/6050

FAX: (61) 3303-6051

aecio.neves@senador.gov.br

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ALOYSIO NUNES FERREIRA PSDB-SÃO PAULO

TELEFONES: (61) 3303-6063/6064

FAX: (61) 3303-6071

aloysionunes.ferreira@senador.gov.br

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ALVARO DIAS PSDB-PARANÁ

TELEFONES: (61) 3303-4059/4060

FAX: (61) 3303-2941

alvarodias@senador.gov.br

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DEMÓSTENES TORRES DEM-GOIÁS

TELEFONES: (61) 3303-2091 a 2099

FAX: (61) 3303-2964

demostenes.torres@senador.gov.br

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ARMANDO MONTEIRO PTB-PERNAMBUCO

TELEFONES: (61) 3303 6124 E 3303 6125

FAX: (61) 3303 6132

armando.monteiro@senador.gov.br

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GIM ARGELLO PTB-DISTRITO FEDERAL

TELEFONES: (61) 3303-1161/3303-1547

FAX: (61) 3303-1650

gim.argello@senador.gov.br

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MAGNO MALTA PR-ESPÍRITO SANTO

TELEFONES: (61) 3303-4161/5867

FAX: (61) 3303-1656

magnomalta@senador.gov.br

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RANDOLFE RODRIGUES PSOL-AMAPÁ

TELEFONES: (61) 3303-6568

FAX: (61) 3303-6574

randolfe.rodrigues@senador.gov.br

terça-feira, 13 de março de 2012

PALAVRA DE VIDA - março de 2012

PALAVRA DE VIDA – MARÇO DE 2012.

"A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna." - Jo. 6, 68

Jesus falava do Reino de Deus às multidões que acorriam. Fazia isso com palavras simples, com parábolas tiradas do dia a dia. E, no entanto, o seu falar exercia um fascínio especial. O povo se encantava com o seu ensinamento, porque ele ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas. Inclusive os guardas enviados para prendê-lo, ao serem questionados pelos sumos sacerdotes e pelos fariseus por não terem cumprido as ordens, responderam: “Ninguém jamais falou como este homem” (Jo 7,46).
O Evangelho de João nos apresenta também luminosos diálogos individuais, com pessoas como Nicodemos ou a samaritana. Com os seus apóstolos, Jesus vai ainda mais em profundidade: fala abertamente do Pai e das coisas do Céu, não mais recorrendo a figuras; eles sentem-se conquistados e não voltam atrás nem mesmo quando não compreendem completamente as suas palavras, ou quando elas parecem ser exigentes demais.
“Esta palavra é dura” (Jo 6,60), responderam-lhe alguns discípulos quando o ouviram dizer que lhes daria o seu corpo para comer e o seu sangue para beber.
Jesus, vendo que os discípulos se retiravam e não iam mais com ele, dirigiu-se aos doze Apóstolos: “Vós também quereis ir embora?” (Jo 6,67)
Pedro, que já se sentia vinculado a Jesus para sempre, fascinado pelas palavras que tinha ouvido pronunciar por Ele desde o dia em que o encontrara, respondeu em nome de todos:

“A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.”

Pedro tinha entendido que as palavras do seu Mestre eram diferentes das palavras dos outros mestres. As palavras que vão da terra para a terra pertencem à terra e têm o destino da terra. As palavras de Jesus são espírito e vida porque vêm do Céu. Elas são uma luz que desce do Alto e tem a potência do Alto. As suas palavras possuem uma densidade e uma profundidade que as outras palavras não têm, sejam elas de filósofos, de políticos, ou de poetas. São “palavras de vida eterna” (Jo 6,68) porque contêm, expressam e transmitem a plenitude daquela vida que não tem fim, porque é a própria vida de Deus.
Jesus ressuscitou e vive. E as suas palavras, embora pronunciadas no passado, não são uma simples recordação, mas são palavras que Ele dirige hoje a todos nós e a cada pessoa de todos os tempos e de todas as culturas. São palavras universais, eternas.
As palavras de Jesus! Devem ter sido a sua maior arte, se assim pudermos dizer. O Verbo falando com palavras humanas: que conteúdo, que intensidade, que inflexão, que voz!
“Um dia – conta-nos, por exemplo, Basílio Magno (330-379, bispo de Cesareia, um dos grandes Padres da Igreja) – como que despertando de um longo sono, olhei a luz maravilhosa da verdade do Evangelho e ¬descobri a vaidade da sabedoria dos príncipes deste mundo.” (Ep. CCXXIII, 2)
Teresinha do Menino Jesus escreve, numa carta de 9 de maio de 1897: “Às vezes, quando leio certos tratados espirituais… o meu pobre e pequeno espírito não demora em se cansar. Fecho o livro dos sábios, que despedaça a minha cabeça e resseca o meu coração, e tomo em mãos a Sagrada Escritura. Então, tudo se torna luminoso para mim; uma só palavra descortina horizontes infinitos à minha alma e a perfeição me parece fácil” (Lettera 202; Scritti, Postulação Geral dos Carmelitas Descalços, Roma 1967, p. 734).
Sim, as palavras divinas saciam o espírito, feito para o infinito; iluminam interiormente não só a mente, mas todo o ser, porque são luz, amor e vida. Elas dão a
paz – aquela que Jesus define sua: “a minha paz” – inclusive nos momentos de inquietação e de angústia. Dão alegria plena, mesmo em meio à dor que por vezes atormenta a alma. Dão força, sobretudo quando sobrevém a perplexidade e quando nos desencorajamos. ¬Libertam, porque abrem o caminho da Verdade.

“A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.”

A frase deste mês lembra-nos que o único Mestre que queremos seguir é Jesus, mesmo quando as suas palavras podem parecer duras ou exigentes demais: ser honesto no trabalho; perdoar; preferir colocar-se a serviço do outro em vez de pensar de modo egoísta em si mesmo; permanecer fiel na vida familiar; assistir um doente terminal sem ceder à ideia da eutanásia…
São muitos os mestres que nos induzem a adotar soluções fáceis, a fazer concessões. Queremos escutar o único Mestre e segui-lo, a Ele, o único que diz a verdade, que tem “palavras de vida eterna”. Assim também nós podemos repetir essas palavras de Pedro.
Neste período de Quaresma, em que nos preparamos para a grande festa da Ressurreição, devemos colocar-nos efetivamente na escola do único Mestre e tornar-nos seus discípulos. Também em nós deve nascer um amor apaixonado pela Palavra de Deus. Vamos acolhê-la com atenção quando for proclamada nas igrejas; vamos ler a Palavra, estudá-la, meditá-la…
Mas nós somos chamados, sobretudo, a vivê-la, de acordo com o ensinamento da própria Escritura: “Todavia, sede praticantes da Palavra, e não meros ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tg 1,22). É por isso que nós, a cada mês, consideramos uma Palavra em especial, deixando que ela nos penetre, nos modele, “seja ela a viver em nós”. Vivendo uma Palavra de Jesus, vivemos todo o Evangelho, porque em cada uma de suas Palavras Ele se doa inteiramente, é Ele mesmo que vem viver em nós. É como se uma gota de sabedoria divina Dele, do Ressuscitado, lentamente fosse escavando-nos por dentro e substituindo o nosso modo de pensar, de querer, de agir em todas as circunstâncias da vida.


Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em março de 2003
Chiara Lubich

sábado, 28 de janeiro de 2012

IR AO ENCONTRO DOS MOVIMENTOS E DAS NOVAS COMUNIDADES COM MUITO AMOR



IR AO ENCONTRO DOS MOVIMENTOS
E DAS NOVAS COMUNIDADES COM MUITO AMOR.

Papa Bento XVI – no discurso sobre os Movimentos
e Novas Comunidades no dia 17 de maio de 2008.


Os Movimentos Eclesiais e as Novas Comunidades são uma das novidades mais importantes suscitadas pelo Espírito Santo à Igreja pela atuação do Concílio Vaticano II.



Ao mesmo tempo, como não aperceber-se de que uma tal novidade ainda espera ser adequadamente compreendida à luz do desígnio de Deus e da Missão da Igreja nos cenários do nosso tempo.?


Foram superados não poucos preconceitos, resistências e tensões. Falta cumprir a importante tarefa de promover uma comunhão mais madura de todas as componentes eclesiais, para que todos os carismas, no respeito da sua especificidade, possam contribuir plena e livremente para a edificação do único Corpo de Cristo.
Ir ao encontro dos Movimentos e das Novas Comunidades com muito amor leva-nos a conhecer adequadamente a sua realidade, sem impressões superficiais ou juízos redutivos.Ajuda-nos também a compreender que os Movimentos Eclesiais e as Novas Comunidades não são um problema ou um risco a mais, que se junta às nossas já pesadas incumbências. Dificuldades ou incompreensões sobre questões particulares não autorizam ao fechamento.
A nós, Pastores, é pedido que acompanhemos de perto, com solicitude paterna, de modo cordial e sábio, os Movimentos e as Novas Comunidades, para que possam generosamente pôr a serviço da utilidade comum, de modo ordenado e fecundo, os numerosos dons de que são portadores e que aprendemos a conhecer e apreciar: o impulso missionário, os itinerários eficazes, a sensibilidade às necessidades dos pobres, a riqueza de vocações....
Consagrado e assistido pelo Espírito Santo de Deus, em Cristo, Cabeça da Igreja, o Bispo deverá examinar os carismas e prová-los, para reconhecer e valorizar o que é bom, verdadeiro e belo, o que contribui para o incremento da santidade dos indivíduos e das Comunidades. Quando forem necessárias as intervenções de correção, sejam também elas expressão de “muito amor”.

terça-feira, 7 de junho de 2011

O VATICANO II E AS NOVAS COMUNIDADES DA IGREJA CATÓLICA.

O VATICANO II E AS NOVAS COMUNIDADES DA IGREJA CATÓLICA.

Frei Severino Fernandes de Sousa, OFM


Como o Concílio Vaticano II, que foi realizado entre os anos de 1962 e 1964 não fala explicitamente das Novas Comunidades da Igreja Católica, justamente porque muitas delas surgiram depois deste tão importante evento para a Igreja Católica, que marcou para toda a humanidade, a passagem do Espírito Santo.
E sabendo que as Novas Comunidades da Igreja Católica, têm em si, mutatis mutandis, uma vida parecida com o que o Vaticano II determina para a vida dos Religiosos e Religiosas, sobretudo o Documento Lumen Gentium; apresento uma síntese deste importante Documento, para que, adaptando-se regularmente à cada Nova Comunidade, das Novas Comunidades da Igreja Católica, possa colocar luz na vida que já existe e ser elas uma luz sobre o monte para toda a Igreja e para toda a sociedade, como disse Jesus, (Cfr. Mc. 4, 21; Lc. 8, 16; Lc. 11, 33).
Esta é a nossa pretensão.
Vejamos o que diz, em síntese, a Lumen Gentium sobre os Religiosos, que, na minha humilde apreciação também serve para os e as membros das Novas Comunidades da Igreja Católica.

Porque o Religioso e a Religiosa, pelo batismo estão mortos para o pecado e consagrados a Deus pelos votos da castidade, obediência e pobreza, por isto mesmo, representam a Igreja.
A vida de santidade dos Religiosos é devotada ao bem espiritual de toda a Igreja tanto pela oração, quanto pelo trabalho.
O Religioso e a Religiosa estão mais desimpedidos dos cuidados terrenos e manifesta já aqui neste mundo a todos os fiéis a presença dos bens celestes e dá testemunho da nova e eterna vida conquistada pela redenção de Cristo, e é testemunha de que, Jesus, o filho de Deus, aqui na terra fez a Vontade do Pai e patenteia de modo peculiar a transcedência do Reino de Deus e seus altos destinos sobre tudo o que é terreno.
O Religioso e a Religiosa, embora não pertençam à estrutura hierárquica da Igreja, estão contudo, firmemente relacionados com a sua vida de santidade.
Os Religiosos e as Religiosas procuram manifestar Cristo Jesus tanto aos fiéis quanto aos infiéis, por isto atuam na evangelização das periferias e favelas, usam os meios mais modernos do século XXI, como o teatro, o cinema, a internet, o orkut, o facebok, o blog, o site, os filmes, que podem ser editados no Youtube, o telefone, a dança, o canto, a música, e muitos outros modernos para levar Deus, tanto na oração quanto no anúncio do Reino de Deus, ora curando os enfermos e feridos, e convertendo os pecadores ao bom caminho; ora abençoando as crianças, jovens e adultos que encontram no caminho; sempre porém, obedientes à Vontade do Pai.
Por isto o Sagrado Vaticano II encoraja e louva os homens e as mulheres, que nos Mosteiros, nos Conventos, nas Escolas, nos Hospitais, nas missões, e em muitos outros âmbitos da sociedade, adornam a Igreja pela constante e humilde fidelidade na mencionada consagração a Cristo e prestam a todos os homens os mais variados serviços.
O Religioso e a Religiosa esforçam-se em ser agradável a Deus, (2 Cor. 5, 9), pois antes de reinarem com Cristo glorioso, comparecerão, todos nós, um dia, diante do Tribunal de Cristo, para que cada um receba conforme o que tiver feito, por meio do corpo, o bem ou o mal (Cor. 5, 10). E no fim do mundo, os que praticaram o bem irão para a ressurreição da vida, mas os que praticaram o mal, para a ressurreição do juízo, ( Jo. 5, 29; Mt. 25, 45 – 46).
Os Religiosos e as Religiosas, pensam como São Paulo, “que os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que se manifestará em cada cristão”. (Rm. 8, 18; 2 Tm. 2, 11 – 12); fortes na fé aguardam “a esperança bem aventurada e a manifestação do grande Deus e Salvador nosso Senhor Jesus Cristo. (Tt. 2, 13), e que Cristo, transfigurará o corpo abatido de todo cristão, para que seja conforme ao seu corpo glorioso”. (Fl. 3, 21); e, como São Paulo disse ao tessalonicenses, que Cristo virá “para ser glorificado em seus Santos e Santas, e se fazer admirável em todos os que creram”. (2 Tss. 1, 10).
Pois quando consideramos a vida dos Santos e Santas Fundadores de Ordens Religiosas, ou simplesmente os Fundadores e Fundadoras de Novas Comunidades, inseridas nas Novas Comunidades da Igreja Católica, que seguiram e que seguem fielmente a Cristo Jesus, movidos pelo seu Evangelho; somos incitados a buscar com novas motivações a cidade futura (Hb. 13, 14), cujo artífice e construtor da cidade é o próprio Deus, (Hb. 11, 10), e a glória de Deus ilumina a cidade, (Ap. 21, 23; Ap. 22, 5); e entre as viscissitudes deste mundo, segundo o estado e a condição de cada qual, todos os cristãos podem chegar à perfeita união com Cristo, ou seja, à santidade, tanto querida e recomendada por Deus aos nossos pais, (Ex. 22, 31; Lv. 11, 44 – 45; Lv. 19, 2; Lv. 20, 7; Lv. 20, 26; Lv. 21, 6).
E tanto os membros de Ordens Religiosas quanto os membros das Novas Comunidades da Igreja Católica serão Santos e Santas cumprindo os mandamentos que Deus doou (Nm 15, 40) e a Regra que seus Fundadores e Fundadoras lhes entregaram.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O DEUS QUE FALA E A RESPOSTA DO HOMEM AO DEUS QUE FALA NA ENCÍCLICA VERBUM DOMINI

por Frei Severino Fernandes de Sousa, ofm

O DEUS QUE FALA
E A RESPOSTA DO HOMEM AO DEUS QUE FALA NA ENCÍCLICA VERBUM DOMINI

ORAÇÃO:
Deus Salvador, nós vos pedimos por estes fiéis que iniciam o seu retiro anual: mandai sobre todos nós o Espírito Santo, o Senhor Jesus venha nos visitar, e seja o único a falar à mente de todos, abra os corações à fé e conduza para Vós as nossas almas, Deus das Misericórdias.

1) O Deus invisível na riqueza do seu amor fala aos homens como a amigos e convive com eles, para os convidar e admitir à comunhão com ele.
(Dei Verbum, 2; Verbum Domini, 6.)
2) O projeto de uma nova humanidade – Chiara Lubich –

O projeto de uma nova humanidade

Há ainda uma verdade, uma verdade evangélica para a qual desde o início do Movimento o Espírito despertou a nossa atenção especial e que somos chamados a atuar com o máximo empenho. É a verdade pela qual, onde estivermos unidos em nome de Cristo, Ele estará presente (cf. Mt 18,20).
Ele é uma realidade que não passou pelo mundo unicamente 20 séculos atrás, mas que, como Ressuscitado, torna-se presente entre nós todas as vezes que nos amamos como ele quer, ou seja, compartilhando entre nós esperanças, aspirações, necessidades, penas, lutas, conquistas, conforme a sua impressionante promessa: "Estarei convosco todos os dias até o fim do mundo" ( Mt 28,20).
Nós, que somos chamados a edificar a cidade terrena, devemos de certo modo continuar a obra do Criador.
Ora, para quem se dirigiu o Pai quando fez a criação? O Evangelho diz: "No princípio era o Verbo… Tudo começou a existir por meio d’Ele…" ( Jo 1,1-3). Tudo começou a existir por meio d’Ele, do Verbo.
Portanto, o Verbo teve uma função na criação.
Nele estava o projeto do homem e da criação.
No Verbo o Pai admirou o homem quando criou.
Nós, que desejamos colaborar para a renovação do mundo, para quem devemos olhar a fim de edificar a cidade terrena em harmonia com a criação e como prosseguimento da obra do Criador?
Olharemos para o Verbo encarnado.
Isto será mais fácil se Ele estiver presente entre nós.
Ninguém melhor do que Ele poderá sugerir-nos o que devemos fazer; ou estimular-nos naquilo que já iniciamos; corrigir-nos ou dar-nos coragem para recomeçarmos tudo de novo.
A presença de Jesus entre nós é importante também por um outro motivo.
Sabemos que o homem traz consigo, como uma ferida incurável, a nostalgia do sobrenatural; o divino atormenta-o, o infinito persegue-o e o eterno o atrai.
Sabemos também que, mesmo conseguindo renovar toda a humanidade, construindo realmente um mundo novo, ele (o homem) não teria alcançado ainda aquilo que mais deseja.
E por quê? Porque ele foi criado para uma vida que não morre.
Daí a necessidade de evidenciar também neste caso uma verdade: o homem, ao construir a cidade terrestre, pode desde agora edificar algo que não passa, porque pode contribuir com seu esforço, com o seu trabalho para os "novos céus" e a "nova terra" (2Pd 3,13) que o esperam.
De fato, ao redimir o cosmo, Cristo redimiu também a atividade humana, ou melhor, redimiu também as obras do homem.
O universo não será anulado, mas transfigurado.
Não haverá ruptura entre esta e a outra vida, mas continuidade.
Também os bons frutos da nossa natureza e da nossa operosidade (aquilo que construímos dia após dia) não só não desaparecerão, mas os encontraremos de novo purificados, iluminados e transfigurados (cf. Gaudium et Spes 39). É uma verdade exaltante; é uma visão consoladora e sublime da vocação do homem chamado a transformar a terra com o seu próprio trabalho.
Mas há uma condição para que tudo isso se realize.
As obras do homem permanecerão se tiverem sido edificadas no mundo conforme o Mandamento Novo (cf. GS 38; Jo. 13, 34; 1 Jo. 2, 7; 2 Jo. 1, 5)
Ora, quem poderá garantir-nos que o nosso esforço é feito desta maneira? Quem poderá dizer-nos que estamos construindo realmente “sobre a rocha do amor”, assegurando-nos assim que o que fazemos não morrerá?
Será Jesus em nosso meio.
Jesus entre nós — que sublima a pequena e a grande sociedade, que faz com que ela seja ao mesmo tempo célula da cidade terrestre e célula da cidade celeste — será a nossa garantia.
Com efeito, Ele está plenamente presente ali onde vive o amor.
Ele é, ao mesmo tempo, dom de Deus e efeito daquela caridade recíproca que devemos estabelecer como base de toda a nossa atividade.
Jesus entre nós! (Mt. 18, 20). Portanto, nele está o projeto de uma humanidade nova! Nele a garantia de que nossas obras permanecerão.
Como não considerar fascinante o caminho que empreendemos e o que se abre diante de nós? E como não é possível pensar e sonhar com uma nova humanidade, quando está conosco Aquele cujo Espírito pôde dizer: “Eis que faço novas todas as coisas” ( Ap 21,5).?


Chiara Lubich

3) O Verbo estava junto de Deus, o Verbo era Deus; mas este Verbo se fez carne, (Jo. 1, 14), na pessoa de Jesus Cristo, que nasceu da Virgem Maria por obra do Espírito Santo. (Lc. 1, 35.38; Lc. 2, 6-19; Gl. 4, 4).
4) Jesus realmente é o Verbo de Deus que se fez da mesma natureza como nós, por isto a expressão PALAVRA DE DEUS indica a pessoa de Jesus Cristo, o Filho eterno do Pai feito homem.
5) A Palavra de Deus, atestada e divinamente inspirada, impressa na Sagrada Escritura, AT e NT, por isto se compreende porque a Igreja Católica, apesar de não ser a Religião do Livro, é a Religião da Palavra de Deus, não de uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo; que conclama a todos nós para a vivência da Palavra de Deus que é a vivência do próprio Jesus.
6) Deus comunicou a sua Palavra na história da salvação, fez ouvir a sua voz, pela força do Espírito Santo, através dos Profetas, ao longo de toda a história da humanidade, que é uma história da salvação, e tem sua plenitude no mistério da encarnação, pregação, vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
7) Deus ainda comunica a sua Palavra na história da salvação, através dos Apóstolos, que são obedientes ao mandato de Jesus, (Mc. 16, 15), e assim a Palavra de Deus é transmitida na Tradição viva da Igreja,
8) Deus ainda comunica a sua Palavra na história da salvação, através dos colaboradores dos Apóstolos, que são:
a) Os Bispos – colaboradores do Papa.
b) Os Padres – colaboradores dos Bispos.
c) Entre outros estão: os Evangelizadores, Catequistas, Ministros e Ministras do Curso de Crisma; de Batismo; Os Coordenadores e membros de Movimentos Eclesiais, tais como: ECC; Focolare, Grupos de Jovens, Shalon, Novas Comunidades Eclesiais da Igreja Católica, Agentes da Escola da Fé, etc. todos são colaboradores do Padre.
d) Deus ainda comunica a sua Palavra na história da salvação, através de todos nós.
9) Com efeito, todo ser humano que atinge a consciência e a responsabilidade experimenta um chamamento interior para realizar o bem.
10) A Palavra de Deus leva-nos a viver segundo a escrita do coração
(Rm. 2, 15) que luta conta o mal, (Rm. 7, 23).
11) O Cristianismo não é uma decisão ética ou uma grande idéia, mas sim, o encontro com a Pessoa de Jesus Cristo, que dá à vida um novo horizonte, o rumo decisivo: a compreensão de que o Verbo se fez carne e habitou (a) entre nós. (Jo. 1, 14 a)
12) O nosso Bispo Diocesano Dom João Carlos Petrini, compreendeu maravilhosamente esta verdade, que colocou como seu lema episcopal: “habita entre nós”, mais radical que as traduções das Sagradas Escrituras, “habitou entre nós”. Sim, realmente, a Palavra de Deus, que é Jesus, habita entre nós, (Mt. 18, 20), quando nós nos propomos nos retirar do mundo para com Ele em nosso meio compreender melhor a sua Palavra.
13) Deus resumiu a sua Palavra (Rm. 9, 28) a ponto de caber dentro de uma manjedoura na forma de um menino. (Lc. 2, 12). Jesus se fez criança para que a Palavra de Deus pudesse ser compreendida por nós.
14) Em sua singularidade Jesus realiza, a todo momento, a Vontade do Pai; ouve a sua voz e lhe obedece com todo o seu ser; conhece o Pai e observa a sua Palavra, (Jo. 8, 55); comunica-nos as coisas do Pai (Jo. 8, 50) Doa-nos a Palavra que o Pai lhe deu, (Jo. 17, 8; Lc. 5, 1).

O MISTÉRIO PASCAL DE JESUS CRISTO E DOS CRISTÃOS.

1) Permitam-me, ao refletir o mistério Pascal de Jesus Cristo, citar uma frase de Chiara Lubich: “só quem passa pelo gelo da dor, chega ao incêndio do amor”.
2) Realmente a cruz para nós é o poder de Deus. (1 Cor. 1, 18).
3) Jesus deixando-se ser crucificado na cruz, demonstra um grande amor por nós, (Jo. 15, 13), e neste mistério Jesus é a Palavra da Nova e Eterna Aliança. (Mt. 26, 28; Mc. 14, 24; Lc. 22, 20). Jesus como o verdadeiro cordeiro imolado, realiza a definitiva libertação da escravidão.
4) Jesus Cristo, Palavra de Deus encarnada, crucificada e ressuscitada é o Senhor de todas as coisas que nos faz rememorar que Ele é a Luz do mundo, (Jo. 8, 12) um farol que ilumina os meus passos (Sl. 119, 115) e o meu caminho.
5) O coração da cristologia da Palavra sublinha a unidade do desígnio divino no Verbo encarnado, é por isto que o NT nos apresenta o Mistério Pascal de acordo com as Sagradas Escrituras, (1 Cor. 15, 3). De fato, o Servo de Javé (Is. 42, 1), é Jesus que é Filho de Deus, (Mt. 3, 16 – 17; Jo. 1, 32 – 34), que restaura os sobreviventes de Israel e é luz das nações para que a salvação de Deus chegue a todos. (Is. 49, 6; Lc. 2, 32).
6) Assim como São Paulo foi escolhido para ser luz entre os gentios (At. 13, 47), também os Apóstolos têm a obrigação de ajudar os fiéis a bem distinguir a Palavra de Deus das revelações privadas, que têm o papel de ajudar as pessoas a viver mais plenamente a Palavra de Deus, numa determinada época histórica, para isto, a revelação privada necessita da aprovação eclesiástica que deve indicar essencialmente que a respectiva mensagem não contenha nada que contradiga a fé e os bons costumes; que pode se revestir de um certo caráter profético. (1 Ts. 5, 19 – 21).
7) Sem a ação eficaz do Espírito da Verdade (Jo. 14, 16), não se pode compreender as palavras do Senhor. Como recorda Santo Irineu: “Aqueles que não participam do Espírito não recebem do seio da sua mãe, (a Igreja), o alimento da vida; nada recebem da fonte mais pura que brota do corpo de Cristo”. Tal a Palavra de Deus vem até nós no corpo de Cristo, no corpo Eucarístico e no corpo das Escrituras por meio do Espírito Santo....

A PALAVRA DE DEUS NA PATROLOGIA.

1) São João Crisóstomo afirma que a Escritura Sagrada “tem necessidade da revelação do Espírito, a fim de que, descobrindo o verdadeiro sentido das coisas que nela se encerram, disso mesmo tiremos abundante proveito”.
(Cfr. Verbum Domini, pág. 36)
2) Por isto se recomenda que antes de qualquer leitura pessoal, a pessoa faça uma oração pedindo ao Espírito Santo sabedoria para compreender a passagem bíblica que se vai ler, como por exemplo:
3) ORAÇÃO. Mandai o vosso Espírito Santo Paráclito às nossas almas e fazei-nos compreender as Escrituras por Ele inspiradas; e concedei-me interpretá-las de maneira digna, para que os fiéis aqui reunidos delas tirem proveito.
4) Santo Ambrósio afirma: “o coro do Filho é a Escritura que nos foi transmitida”.
(Cfr. Verbum Domini, 18)
5) Deus tendo falado de muitas vezes e de muitas maneiras aos nossos pais, ultimamente falou-nos através de seu Filho Jesus. (Hb. 1, 1 – 3).
6) Santo Agostinho afirma: “Lembrai-vos de que o discurso de Deus que se desenvolve nas Escrituras é m só, um só é o Verbo que Se faz ouvir na boca de todos os escritores sagrados”, inspirados por Deus, e o Verbo é Jesus.
(Cfr. Verbum Domini, pág. 41).
7) Um conceito chave para receber a Bíblia como Palavra de Deus, é sem dúvida, o da inspiração. Assim como o Verbo de Deus (Jo. 1, 1), se fez carne (Jo. 1, 14 a) por obra do Espírito Santo (Lc. 1, 35) no seio da Virgem Maria, (Lc. 1, 26 – 35), assim também a Bíblia nasce do seio da Igreja por obra do mesmo Espírito Santo. A Bíblia é a Palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito Santo. Deste modo se reconhece toda a importância do autor humano que escreveu os textos inspirados e, ao mesmo tempo, do próprio Deus como verdadeiro autor.
(Cfr. Verbum Domini, 19).
8) Realmente Deus fez todas as coisas, pela sua palavra foram feitos os céus e pelo sopor da sua boca os seus exércitos, (Sl. 33 (32), 6).
9) E´ Deus que faz resplandecer o conhecimento da glória de Deus, que se reflete na face de Jesus Cristo. (2 Cor. 4, 6; Mt. 16, 17; Lc. 9, 29)





O SILÊNCIO DE DEUS.

1) Diz o Papa Bento XVI (Cfr. Verbum Domini, pág. 45.)
“Como mostra a cruz de Cristo, Deus fala também por meio do silêncio.”
2) Permitam-me apresentar uma reflexão sobre o SILÊNCIO DE DEUS, proferida por Chiara Lubich.

O silêncio de Deus

É um assunto difícil, o mais difícil de enfrentar diante de pessoas pertencentes a um povo que, mais do que qualquer outro, experimentou neste século de sofrimento a dor indescritível da Shoah, isto é, tentativa, por parte do regime nazista, de exterminar o povo judeu durante a Segunda Guerra Mundial, também conhecido como Holocausto, a terrível tragédia que levou um de seus grandes pensadores a cunhar a metáfora do "Eclipse de Deus", pois Auschwitz, campo de extermínio na Polônia, protótipo dos campos de concentração nazistas, colocou em discussão a própria fé.
(…) Não foram os duros tempos de guerra que nos levaram a refletir sobre a dor.
Pelo contrário, devemos afirmar que a fé no amor de Deus era tão luminosa e gratificante, que fazia desaparecer para nós os horrores da guerra, embora vivêssemos no meio de todos, compartilhando as tragédias de quem estava ao nosso lado.
Um dia a nossa atenção foi atraída por aquele grito em aramaico de Jesus na cruz: “Eli, Eli, lemá sabactáni?”, “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”, que é o início do Salmo 22. Alguém nos dissera que tinha sido a expressão da maior dor de Jesus, pois, abandonado por todos, sentiu-se abandonado também pelo Pai.
Este fato nos fez refletir.
Como o Pai permitiu que Jesus experimentasse uma dor tão grande? Ele não amava infinitamente seu Filho? Então entendemos: ele permitiu isso porque havia um desígnio de amor particular sobre Jesus.
Ele devia sofrer por todos os homens e depois ressuscitar.
E os homens que acreditassem nele ressurgiriam com ele.
Jesus, elevado ao céu, gozaria por toda a eternidade também por aquilo que fizera na terra.
Assim, para nós, a dolorosa história humana de cada um foi iluminada pela história de Jesus.
Nós também somos filhos de Deus.
Também para nós existe um esplêndido desígnio.
Vale a pena sofrer para realizá-lo.
Penso que a tradição e a história do povo judeu não sejam alheias à meditação sobre a dor que Jesus experimentou.
Impressionou-me um trecho do Talmude : ´Quem não experimenta o "ocultar-se" de Deus, não faz parte do povo judeu (Tb, Hagigah 5b). Toda a história hebraica, desde Abraão, é pontilhada por momentos e situações que parecem marcados pelo "ocultar-se da face de Deus". Não é sem motivo que os Salmos, muitas vezes, exprimem a angústia pela experiência feita quando "Deus escondeu a sua face".
Mas, o "ocultar-se" de Deus não significa ausência de Deus.
Talvez nesta terra permanecerá sempre um mistério o motivo pelo qual Deus permitiu essa escuridão.
Mas o eclipse passa.
A Shoah, esse trauma que marcou a história da humanidade, e não só do povo judeu, não foi a vitória definitiva do mal.
Então, é possível o surgimento de uma nova vida? É possível que a face de Deus apareça novamente depois de um eclipse tão terrível? Com esta esperança, "a memória", que é tão importante, pode servir para dar um novo rumo à história e para construir um mundo novo.
A minha oração e os meus votos são: que se recorde a Shoah cada vez mais como uma passagem, como o fim de uma época e o início de outra, nova, justamente porque Deus nunca revogou a aliança com seu povo.
E nós estaremos todos os dias ao lado de vocês, neste caminho que também é nosso.
Chiara Lubich


3) O silêncio de Deus, (Mt. 27, 46; Mc. 15, 34) é a sua total entrega nas mãos do Pai, ( Lc. 23, 46), é o momento em que Jesus entrega a sua Igreja –representada por Nossa Senhora, Maria de Cleopas, Salomé, a mãe dos filhos de Zebedeu, e o Apóstolo; João (Jo. 19, 25 – 27 a) – e a partir desta hora o Apóstolo assume a tarefa de tomar conta da Igreja (Jo. 19, 27 b), cumprindo assim o mandamento do amor. (Jo. 15, 10 – 15).


RESPOSTA DO HOMEM AO DEUS QUE FALA

1) Deus dá a se conhecer no diálogo.
2) O diálogo, quando se refere à Revelação comporta o primado da Palavra de Deus, que chama através de sua Palavra e o homem que responde, sabendo claramente que não se trata de um encontro entre dois contraentes iguais; mas é puro dom de Deus. Por meio deste dom do seu amor; Ele superando toda a distância, torna-nos verdadeiramente, seus parceiros.de modo a realizar o mistério de amor entre Cristo e a sua Igreja.Nesta perspectiva todo homem é destinatário da Palavra, interpelado e chamado a dar uma resposta livre, em tal diálogo de amor. Assim Deus torna cada um de nós capaz de escutar e responder a Palavra divina. ... Pela graça, somos verdadeiramente chamados a configurar-nos com Jesus Cristo, o filho do Pai, e a ser transformados n´Ele.

DEUS ESCUTA O HOMEM
E RESPONDE ÀS SUAS PERGUNTAS.

1) Neste diálogo com Deus, compreendemos a nós mesmos e encontramos respostas paras perguntas mais profundas que habitam no nosso coração.
2) A Palavra de Deus ilumina os verdadeiros anseios do homem, purifica-os e os realiza.
3) Como é importante para o nosso tempo descobrir que só Deus responde à sede que está no coração do homem.
4) A história da humanidade mostra que Deus fala e intervém na história a favor do homem e da sua salvação integral, pois Jesus veio para nos oferecer a plena vida em abundância. (Jo. 10, 10).

5) São Boaventura afirma: “o fruto da Sagrada Escritura é a plenitude da felicidade eterna. De fato, a Sagrada Escritura é precisamente o livro no qual estão escritas palavras de vida eterna, porque não só acreditamos mas também possuímos a vida eterna, em que veremos, amaremos e serão realizados todos os nossos desejos.” (Cfr. Verbum Domini, pág. 49).
6) Se todos compreendessem a mensagem de Deus como os primeiros cristãos compreenderam (At. 2, 42 – 47) haveria paz e harmonia, no plano espiritual e social. (At. 4, 32 – 37); mas a ganância e o lucro desmedido, que Karl Max chamou de “mais valia” tomou conta da humanidade e fez gerar a morte na sociedade. (At. 5, 1 – 10).
7) Com uma sociedade competitiva, com um capitalismo selvagem que impera em nosso país e em muitos outros países do planeta, a Igreja Católica sempre se esforçou, pela vivência da Palavra de Deus de seus filhos e filhas, em amenizar o sofrimento do povo de Deus. Vejamos algumas ações:
a) A recuperação dos dependentes químicos: perto de nós temos a Fazenda da Esperança, aqui em Feira de Santana; o Centro de recuperação de Frei Marcos em Candeias, o Centro de recuperação de Frei Augusto em São Francisco do Conde, e muitos outros Centros Terapêuticos espalhados no Brasil e no mundo.
b) Escolas, Asilos, Hospitais, espalhados no Brasil e no mundo inteiro, vale lembrar a beata Irmã Dulce, a beata Irmã Lindalva, e as Irmãs franciscanas hospitaleiras.
c) A ação social da Igreja Católica das mais diversas formas existentes em todas as Paróquias e Dioceses do Brasil e do mundo inteiro, a exemplo das Obras Sociais da Paróquia de São Miguel de Cotegipe, à cargo do Padre Cleber.

Estas e outras ações são um esforço como Deus, através de usa Palavra vivenciada, se abre aos problemas do homem, respondendo as perguntas mais íntimas que o homem tem, dilatando os próprios valores éticos, e conjuntamente, uma satisfação das próprias satisfações, rumo à felicidade.

O DIALOGAR COM DEUS.

1) O Deus que fala, ensina-nos como podemos falar com Ele.
2) Nos Salmos, encontramos articulada toda a gama de sentimentos que o homem pode ter na sua própria existência e que são sapientemente colocados diante de Deus: a alegria e o sofrimento; angustia e esperança; medo e perplexidade encontram lá sua expressão.
3) A resposta própria do homem a Deus que fala, é a fé.
4) A fé vem da pregação e a pregação pela palavra de Cristo. Rm. 10, 17
5) Toda história da salvação nos mostra progressivamente esta ligação íntima entre a Palavra de Deus e a fé que se realiza no encontro com Jesus Cristo.
6) Com Jesus a fé toma a forma de encontro com uma Pessoa à qual se confia a própria vida. Jesus Cristo continua hoje presente, na história, no seu corpo que é a Igreja; por isso, o ato da nossa fé é um ato simultaneamente pessoal e comunitário.
7) O pecado é não escutar a Palavra de Deus.
8) A cristã que melhor escutou e viveu a Palavra de Deus foi Nossa Senhora.
9) Por isto ela é a Mãe de Deus e uma mãe fidelíssima à Palavra de Deus.
10) E´ preciso olhar para ela, conhecer a sua vida e as suas virtudes, pois ela realiza perfeitamente a vocação divina da humanidade.
11) Desde a Anunciação até o Pentecostes, vemo-LA como mulher totalmente disponível à Vontade de Deus.
12) Em Lc. 1, 28, descobrimos que Ela é a Imaculada Conceição, aquela que e cheia da graça de Deus.
13) Conserva no coração os acontecimentos do seu Filho (Lc. 2, 19.51)
14) A encarnação do Verbo não pode ser pensada sem levarmos em conta a liberdade de Maria, que com o seu consentimento, coopera de odo decisivo para a entrada do Eterno no tempo.
15) Ela é a figura da Igreja à escuta da Palavra de Deus, que nela se fez carne.
16) Ela é o símbolo da abertura a Deus e aos outros; escuta ativa, que interioriza, assimila, na qual a Palavra de Deus se torna forma de vida.
17) Maria era muito familiarizada com a Palavra de Deus, basta ler o seu magnífico canto: O MAGNIFICAT, (Lc. 1, 39 – 56) e comparar com o canto de Ana (1 Sm. 2, 1 – 10) e ver como Maria sabia fazer uma boa hermenêutica, isto é, como ela sabia pôr a Palavra de Deus para os dias atuais.
18) Maria mostra-nos como o agir de Deus no mundo envolve sempre a nossa liberdade, porque na fé, a Palavra de Deus, nos transforma. ´
19) Também a nossa ação apostólica e Pastoral, não poderá jamais ser eficaz, se não aprendermos de Maria a nos deixar plasmar pela ação de Deus em nós.

HERMENÊUTICA DA SAGRADA ESCRITURA NA IGREJA.


1) A hermenêutica da Bíblia só pode ser feita na fé eclesial.que tem o seu paradigma no sim de Maria.
2) Nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular, porque jamais uma profecia foi proferida pela vontade dos homens. Inspirados pelo Espírito Santo é que os homens santos falaram em nome de Deus.
(2 Pd. 1, 20 – 21).
3) A Bíblia foi escrita pelo Povo de Deus e para o Povo de Deus, sob a inspiração do Espírito Santo. Somente com o “nós”, isto é, nesta comunhão com o Povo de Deus, podemos realmente entrar no núcleo da verdade que o próprio Deus nos quer dizer.
4) O magistério vivo da Igreja é à quem compete o encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita ou contida na Tradição.
5) Deus, na Sagrada Escritura falou por meio dos homens e à maneira humana, o intérprete da Sagrada Escritura, para saber o que Deus quis nos comunicar, deve investigar com atenção o que os hagiógrafos realmente quiseram significar e que aprouve a Deus manifestar por meio das suas palavras.
6) Para se recuperar a articulação entre os diversos sentidos da Escritura, torna-se decisivo identificar a passagem entre letra e espírito. Não se trata de uma passagem automática e espontânea, antes, é preciso transcender a letra.
7) A Palavra do próprio Deus nunca se apresenta na simples literalidade do texto. Para alcançá-la é preciso transcender a literalidade num processo de compreensão, que se deixa guiar pelo movimento interior do conjunto e, portanto, deve tornar-se também um processo de vida.
8) O processo interpretativo da Bíblia nunca é apenas intelectual, mas também vital, que requer o pleno envolvimento na vida eclesial, segundo o Espírito Santo. (Gl. 5, 16)
9) O Deus do AT é o mesmo Deus do NT, porque tanto o AT quanto o NT formam uma única unidade da Palavra de Deus.
10) São Paulo afirma que a revelação do AT continua a valer para nós cristãos (Rm. 15, 4; 1 Cor. 10, 11).

A BÍBLIA E OS SANTOS.

Pode-se conhecer um pouco como os Santos e as Santas da Igreja Católica foram radicados na Palavra de Deus, e como a vivenciaram de modo surpreendente lendo alguns trechos da vida de alguns Santos e Santas descritos pelo Papa Bento SVI na sua encíclica Verbum Domini, páginas. 94 até 97.

COMPLEMENTO BÍBLICO:

NOSSA SENHORA NA BÍBLIA


1) Textos do Novo Testamento
o Jo. 1, 1-4.10.14.18; Jo. 2, 1-12;
o Jo. 1, 16;
o Jo. 19, 25; Jo. 20, 19;
o Mt. 2, 1.3-5; Mt. 1, 20-21;
o Mt. 2, 1-12;
o Mc. 6, 3; Mc. 15, 40;
o Ap. 12, 1-3;

2) Textos do Antigo Testamento

o Gn. 3, 15; Mq. 5, 1;
o Is. 7, 14; Is. 9, 2.6-7; Is. 11, 1;


MARIA, A MÃE DE JESUS:

1. Acreditou em Deus. Lc. 1, 45
2. Acreditou no programa da Salvação de Deus: Lc. 1, 46-55
3. É uma pessoa que procura saber das coisas: Lc. 1, 29;
Lc. 1, 34
4. É uma pessoa que conhece a Escritura Sagrada.
5. Seu cântico do magnificat, (Lc. 1,46-55),
é uma paródia de 1 Sam. 2, 1-10.
6. É cumpridora dos preceitos evangélicos. Ex. 13, 2; Lc. 2, 22-23.27
7. Todos os anos, na festa da páscoa, fazia romaria para Jerusalém. Lc. 2,41
8. É cumpridora das leis do Estado. Lc. 2, 1-5.
9. Viveu pobre. Lc. 2, 4.6-7.
10. Sabia guardar segredo. Lc. 2, 19
11. Faz a vontade de Deus: Lc. 1, 38;
12. Teve todas as preocupações que todas as mães têm: Lc. 2, 41-52.
13. Agüentou a desconfiança de José: Mt. 1, 18-25.
14. Foi perseguida: Mt. 1, 19-23.
15. Exilou-se no Egito: Mt. 1, 13-15.
16. É cheia de graça: Lc. 1, 28.
17. Viveu trinta anos no Povoado de Nazaré cuidando de Jesus: Lc. 3, 23.
18. Participou das humilhações que seu Filho sofreu: Jo. 19, 15-27.
19. Rezando com os apóstolos, encoraja-os na evangelização: At. 1, 12-14
20. É nossa advogada nas dificuldades: Jo. 2, 1-3.
21. Acredita sempre em Jesus
e não se assusta com resposta ríspida: Jo. 2, 4-5.
22. É cheia de graça: Lc. 1, 28.
23. É bendita entre as mulheres: Lc. 1, 42.
24. É servidora: Lc. 1, 39-41.
25. Foi profetizada que seria Virgem e Mãe. Is. 7, 14.
26. Maria, a Mãe de Jesus, é a mulher, que em Gn. 3, 15; fala que ela esmagaria a cabeça de Satanás, representado por uma serpente.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

ENTREVISTA COM A FUNDADORA DA COMUNIDADE ADORAI

ENTREVISTA COM A FUNDADORA DA COMUNIDADE ADORAI.
Dgma. D. Juvinete Lourdes Silva


Frei Severino, dono e gerente deste blog, entrevistou a Fundadora da Comunidade Adorai, a digníssima Sra. Juvinete Lourdes Silva, para que, os internautas conheçam um pouco mais esta Comunidade.

1 ) Frei Severino: Quem é a Comunidade Adorai e qual a sua Vocação.?

D. Juviente:
Somos a Comunidade Missão Adorai, chamados a sermos a doradores em espírito e em verdade (Jo. 4, 23) ao nosso Deus único, supremo e redentor, a Jesus no Santíssimo Sacramento, na porção Eucarística, no corpo sangue, alma e divindade. (Lc. 22, 19)
Nosso carisma é Adorar a Jesus (Jo. 9, 35-38) na face do outro, do pobre, do desorientado, do desprezado e desamparado. (Mt. 25, 40) Como mandamento fundante de Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. (Mt. 22, 36 – 39) Amar a Deus de todo teu coração, de toda tua alma e com toda tua vida. Entendendo que sem o irmão que precisa ser ajudado não é possível.
Nossa vocação é Amar (1 Jo. 4, 7 – 8; 1 Jo. 4, 12; 1 Jo. 4, 16), e com o Amor que amamos proporcionar a felicidade no outro e em cada um.
Nós da vocação Adorai existimos para anunciar o evangelho (Mt. 20, 4; Mc. 16, 15) através das artes e dos ministérios orantes: pregação, cura e libertação, intercessão; e os ministérios formativos através da Escola de Formação e de Artes (Teatro, Dança, Música,Cinema), Adorando a Jesus na face do outro... (Mt. 25, 40).
Nossa espiritualidade tem raiz na RCC (Renovação Carismática Católica) e se firma através da adoração a Jesus no Santíssimo Sacramento, na porção eucarística e na fração do pão. Sendo nosso carisma vocacional Adorar a Jesus na face do outro, do pobre, desorientado e desabrigado para possibilitar a esses que se sentem atraídos a esse Amor, de Amar adorando a Jesus com todo coração e alma e proporcionar a felicidade eterna.





2) Frei Severino: Quando e como surgiu a Comunidade Adorai.?

D. Juviente:
Surgiu no ano de 2000 quando era responsável pela Comunidade de São Pedro, da Paróquia onde resido, e coordenava, além dos trabalhos pastorais, um Grupo da RCC; com cerca de cinqüenta jovens.
Na época o Arcebispo Metropolitano de João Pessoa era Dom Marcelo Pinto Carvalheira, que em uma de suas visitas pastorais a Paróquia da Santíssima Trindade, no Valentina, veio a conhecer o trabalho de resgate da juventude sugerindo iniciar uma Comunidade de acolhimento a esta juventude; delegando o então Pároco Padre Eudésio como Assistente Espiritual.


3) Frei Severino: Como surgiu este nome ADORAI. ?

D. Juviente:
Colocamo-nos em oração, participamos do cerco de Jericó no Valentina onde aconteceram muitas revelações; no cerco de Jericó na igreja das Mercês :”Recolhe os perdidos Ide aos desorientados; no cerco de Jericó no José Américo e na adoração e vigília em casa de dona Geralda irmã Franciscana foram muitas vezes, nítidas, as pessoas diferentes que não nos conheciam falavam a ordem que Deus nos dava: “Ide as ovelhas perdidas da casa de Israel, e cuida para que não se percam”. (Mt. 10, 6; Mt. 15, 24). Em cada lugar Deus falava ao meu coração sobre sermos adoradores e em meio aos cânticos de adoração somente com a entoação Adorai, Adorai, Adorai , não havia mais dúvidas. Sempre diante do Santíssimo Sacramento o amor misericordioso do Pai Eterno, o trabalhar de Deus e o agir do Espírito Santo a cada dia veio confirmando no meu coração e em nós o chamado a sermos adoradores numa nova maneira de viver, como Comunidade Nova, onde o derramamento do Espírito Santo dá o tom de vida e aliança pela adoração a Jesus no Santíssimo Sacramento, Adorando-O de todas as formas, principalmente a Jesus através daqueles que de nós se aproximavam, e entendendo então que aí estava o nome da comunidade e o carisma de adorador que com o tempo fomos substanciando-o, concretizando e enchendo o nosso coração com a certeza da fé e do Fiat: Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra. (Lc. 1, 38).

4) Frei Severino: Toda Comunidade Nova, tem um sinal que expressa o seu modo de ser. A sua comunidade tem algum sinal.?

D. Juviente:
O sinal da Comunidade é o sacramental que indica a vocação, a missão e os consagrados naquela pertença Quando tudo se encaminhava a vida e o ser Comunidade Adorai, muito desejava no meu coração a marca Adorai como sinal. Em sonho foi-lhe revelado uma cruz,como a de São Bento, mas com a Hóstia (Santíssimo Sacramento) no lugar do crucificado. O reflexo dos raios em torno da hóstia brilhavam que encandesciam, semelhante a um Hostensório. Quando me acordei, vislumbrei a cruz como se já existisse e de repente fui desenhá-la em minha agenda. Em seguida, conseguindo que a confeccionasse apresentei a Dom Marcelo que as abençoou para serem colocadas em cada filho da Comunidade durante a Missa de Consagração. Sendo assim, cada filho consagrado carrega em seu peito a Cruz do Santíssimo Sacramento como sinal de pertença ao carisma Missão Adorai.

5) Frei Severino: Como é composta os membros da Comunidade.?

D. Juviente:
Nossa família é composta de crianças, jovens, adultos e idosos,celibatários, solteiros e casados, esperando em Deus o tempo dos vocacionados ao sacerdócio.

6) Frei Severino: Estas pessoas todas moram juntas, como é? ou apenas freqüentam a Comunidade.?

D. Juviente:
A Comunidade Missão Adorai ela é uma das Novas Comunidades de Vida e Aliança da Igreja Católica e tem o jeito de viver farternalmente. Explico:

COMUNIDADE DE VIDA – Pessoas que deixam suas famílias,empreos e cidades, e vivem em uma casa comunitária com seutempo integral voltado para o serviço da evangelização; deixando ainda seus projetos pessoais para viverem os projetos de Deus.

VIDA DE ALIANÇA – composta por pessoas que moram em suas casas com suas famílias, trabalham em suas atividades seculares e tem uma vida consagrada no seio da comunidade, colocando seus dons e talentos a serviço da evangelização.
Chamados diariamente a entregar-se a Deus, Tanto vida como aliança, através da oração pessoal, do santo rosário, lectio divina,Liturgia das horas, vida sacramental (missa) e os compromissos que nos são comuns (tarefas domésticas e missionárias). Participamos dos momentos comunitários para formação, grupos de oração e partilha, e o acompanhamento com o Formador vocacional, o diário espiritual e o Eu com Deus momento meditatório e reflexivo e a devoção particular com a misericórdia de Deus e as santas chagas de Cristo. Consumir a vida tornando-a uma fonte de bênção para o outro, pobre, desalentado, desorientado como oferta a Deus.

7) Frei Severino: Qual o carisma da Comunidade Adorail?.

D. Juvinete:
O Carisma Adorai como Graça e misericórdia de Deus é um Dom infundido e perpassado na minha alma, e que se estende a todas e a cada uma das vidas chamadas, escolhidas, separadas para Deus como membros para realizarem o sonho de Deus que plantado no seu coração pelo Espírito Santo, querem conjuntamente como família espiritual Adorai, gastar-se em Deus e para Deus Adorando a Jesus na face do outro, no pobre, no desorientado, desamparado.
O Carisma Adorai achega-se a Jesus no Santíssimo Sacramento, na porção Eucarística, no pão partilhado, na vida fraterna e doada. Cuidando da vida com as artes e evangelizando com a expressão livre de ser e viver, em especial aos jovens e aos lares danificados trabalhando a sua reconstituição.




8) Frei Severino: O Papa Bento XVI em maio deste ano de 2010, em sua carta encíclica incentiva os leigos à fazerem evangelização pela internet. A Comunidade Adorai têm alguma coisa neste sentido.?

D. Juviente: Sim, mesmo antes do Papa ter feito este anucio, nós já havíamos lançado, em dezembro de 2009, o nosso site: www.missaoadorai.com que já tem cerca de quatro mil acessos. Entre outros meios como: tweter, orkute, blogs, youtube, e acesso pessoal através de e-mail,entre outros tipos de acessos.

9) Frei Severino: Fora da internet a Comunidade Adorai tem outros meios de evangelização.?

D. Juviente: Sim, somos chamados a evangelizar com as artes, dança, teatro, e de alguns Ministérios, por exemplo:

OS MINISTÉRIOS ATUANTES São aqueles os quais tem uma atuação forte, onde se trabalha mais concretamente e eles são:

DE PASTOREIO = visita a famílias e em hospitais para levar a palvra de Deus e o acolhimento, a reza do terço nas casas entre outros;

DE ESCUTA E ACONSELHAMENTO com a prática do "Cantinho da Misericórdia", lugar reservado na casa mãe onde há uma conversa particular e sigilosa do membro ou visitante com aquele ou aquela que o escuta, ora junto e aconselha.

DAS ARTES = O empenho em se aprender e praticar as artes, o teatro, a dança, a música, instrumentos musicais, o cinema etc.

DA SÉTIMA ARTE = Cinema, vídeos e animações, fotografias e outras artes relacionadas;

JOVEM = Grupo de Oração, Luau, Lanchonete, CristoDance, Vigília Jovem, Festa Junina, Aniversariantes do Mês, ligação completa com o ministério das artes e o projeto efest som e luz.

ATIVIDADES MINISTERIAIS
Oficinas, peças, Entradas da Palavra, Paixão de Cristo, Auto de Natal, Quadrilha Junina, Teatro e Dança Intinerante, Retiros, Pregações e Formações Religiosas, Espiritual e da Igreja Católica em geral.

Minsitérios Orantes São aqueles os quais compõem a vida de oração e interiorização da vida espiritual e da igreja,

eles são:

DE ADORAÇÃO = Adoração a Jesus no Santíssimo Sacramento, o Terço da Misericórdia e toda devoção a essa via, O Terço das chagas e a devoção com as santas chagas de Jesus e o que contem esse ministério;

DE CURA E LIBERTAÇÃO = A oficina São Rafael e tudo o que envolve a prática e a formação e condução do ministério;

DE CURA INTERIOR = Oficina a Cura pelo Perdão, A cura das Maldições, A Cura das Gerações e toda prática oracional que envolve o ministeriado;

DE PREGAÇÃO = oficna São Pedro, formação de pregadores entre outros;

DE INTERCESSÃO = Aplicação da disciplina Oracional : O Diário Espiritual, Eu com Deus, Deserto, Devoções, Vigília, Lection Divina, Liturgia Diária, Missa.

As DEVOÇÕES estão o ofício da Imaculada Conceição, O Santo Rosário, o Santo Terço, e a História de Nossa Senhora de Fátima onde temos nossa devoção mariana.

MINISTÉRIO DA ALEGRIA REINANTE

É o Ministério ligado a musicalidade e os instrumentos musicais. Envolve todos os estudos e formações, práticas, ensaios, composições de músicas e todos os eventos envolvidos com a música.
Venha ser um músico de Deus na Comunidade Adorai!
Procure-nos!
Adorar a Jesus com a Música é uma Eterna Festa no Céu e na Terra também!



MINISTÉRIO DA SÉTIMA ARTE
Éo Ministério que envolve todos os trabalhos com vídeo, cinema, rádio, tv e suas atividades inerentes a essas práticas as quais engradece o Reino de Deus e se faz atual pela Comunidação Social, a Mídia, A digitalidade entre outros.
Se você é um(a) apaixonado(a) por essa área e quer desenvolver um projeto musical no carisma Adorai, junte-se a nós, procure-nos já. Adorar a Jesus com os Dons e talentos, principalmente nessa área é uma alegria celestial.
Chegou a Hora e é Agora!


MINISTÉRIO JOVEM
Este Ministério acontece com a juventude desenvolvendo todos os ministérios e praticando a vida jovem na comunidade, na Paróquia, Arquidiocese e em outros lugares onde o Amor de Deus deve ser levado através dos jovens no Carisma Adorai.
O Ministério Jovem é composto de Grupo de Oração Adorai, Luau, Lanchonete, Louvor Jovem, Cristodance, Vigília Jovem, Festa Junina, Aniversariantes do Mês, toda a prática do ministério de artes e do efest som e luz.
Venha se juntar a nós, conheça o Ministério Jovem da Comunidade Adorai e seja um membro conosco formando o Corpo de Cristo Jovem|!
Adorar a Jesus na face do Outro que é Você é a nossa maior alegria!

10 ) Frei Severino: Quais são os meios econômicos de sobrevivência da Comunidade.?

D. Juvinete:
Vivemos da inteira providência Divina, contamos com a doação de pessoas amigas, dos sócios contribuintes, benfeitores, e beneficentes.

11) Frei Severino: Como vai ser a comemoração dos dez anos da Comunidade Adorai.?

D. Juvinete: Estamos aguardando a confirmação de uma data disponível do Senhor Arcebispo para celebrar a missa comemorativa dos dez anos da Comunidade Adorai. Em breve comunicaremos toda a programação e enviaremos o convite.

12) Frei Severino: Para terminar a Senhora gostaria de enviar uma mensagem para os internautas que acessam este blog.?

D. Juviente:
Quero agradecer ao Frei Severino pelo carinho de proporcionar esta entrevista e todo servir com alegria que o Frei tem se disponibilizado para nos ajudar a evangelizar e a formar toda a família adorai. Espero cada um de vocês na missa comemorativa dos dez anos da nossa Comunidade Adorai, e desejo um Feliz 2011 repleto de paz, saúde e prosperidade para cada um.

domingo, 26 de dezembro de 2010

A PRIMEIRA MISSIONÁRIA DA HISTÓRIA

A PRIMEIRA MISSIONÁRIA DA HISTÓRIA

Frei Severino Fernandes de Sousa, OFM

freiseverinofs@gmail.com

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O prezado amigo e a prezada amiga, você pode até estranhar o fato de mal termos comemorado o aniversário de nascimento de Jesus Cristo, já estamos comemorando a ressurreição de Jesus; mas é assim mesmo. A Igreja Católica, logo no início do Ano Litúrgico quer dar uma visão panorâmica da vida de Jesus, do nascimento, à morte e ressurreição, como uma espécie de prólogo doutrinário, para depois recomeçar, parte por parte, a vida e a doutrina de Jesus.
O evangelho (Jo. 20, 2-8) do dia 27 de dezembro de 2010, nos lembra justamente esta metodologia.
A ressurreição de Jesus foi um fato tão extraordinário que os seus discípulos e a primeira missionária da história, Maria Madalena, pensaram que o corpo de Jesus tinha sido roubado, só depois quando Jesus vai aparecer ressuscitado, vivo e verdadeiro, conversando e comendo com os Apóstolos é que eles entenderão o significado da Ressurreição.
Importantíssimo é o fato de que a primeira missionária que foi contar o fato da ressurreição aos Apóstolos tenha sido Maria Madalena.
Maria Madalena era uma pecadora conhecida em toda a Judéia, convertida, tornou-se a mais exemplar discípula de Jesus e a primeira missionária da história.
Também em pleno século XXI Jesus continua chamando jovens e adultos para a sua missão, e não escolhe santos, jovens e adultos pecadores são chamados para a missão de Jesus na sua Igreja, e como Maria Madalena, são chamados à conversão de vida. Muitas Ordens Religiosas, masculinas e femininas. Muitos Movimentos Eclesiais e até nas Novas Comunidades da Igreja Católica nós vemos, admiramos, esta gente atuar, com a graça de Deus, na sua vida e na vida das pessoas ao seu redor; aqui lembro a Comunidade das Novas Comunidades da Igreja Católica, chamada REMIDOS NO SENHOR, são pessoas assim que se sentem redimidos e alegremente levam a mensagem de Jesus.

OREMOS.


O´ Jesus, tão bondoso, fazei que também os membros da Comunidade Adorai sejam uma só coisa e uma só alma, na partilha e na vivência da tua doutrina, COMO OS PRIMEIROS CRISTÃOS ASSIM O ERAM Amém.

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COMUNIDADE MISSÃO ADORAI
Rua Inspetor Djalma Borges da Fonseca, Nº 129
Bairro: Valentina de Figueredo
58063 – 330 – JOÃO PESSOA – PB – BRASIL

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Frei Severino – freiseverinofs@gmail.com